20 outubro, 2014

Segunda...

O trânsito em Elliv Nioj é um caso a parte, como o feudo foi construído “a facão”, até hoje a palavra planejamento não faz parte do dicionário dos órgãos administradores feudais.
Não bastando as inúmeras engenhosidades viárias, a insistência em incentivar a utilização do transporte público que beira a inexistência, que além de ultrapassado é caríssimo, onde nem de longe justifica a relação custo/benefício, surge, agora, uma pérola dos nobres Edis, criar uma faixa exclusiva para motociclos, é incrível a criatividade, só aqui mesmo.
Imaginem; uma rua de 16m de largura, canaleta para ônibus devem ter largura entre 3,25 e 3,50 m, a ciclofaixa utiliza em média 1,5 m, supondo que a moto faixa utilize 2 m, sobram 9 m de pista de rolagem, 4,5 m para cada pista, sem área de estacionamento, como a maioria das ruas do feudo possuem 12 m, imaginem a encrenca.
Mas, pelo menos desta vez parece que o IPPE (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Elliv Nioj) é totalmente contra esta sandice.

Assim caminha a mediocridade... 

Um comentário:

Um projeto de marketing disse...

Motovia – Entrave ou Alternativa
Não resta dúvida que uma iniciativa pioneira neste sentido deva ser feito com muita cautela porem, alguma atitude precisa ser tomada logo, pois as motos existem e cada vez mais em maior numero, e não é algo a se desprezar, por ser veiculo para um ou dois passageiros, alem de, na média queimarem 65% a menos do mesmo combustível, pois a grande maioria dos carros no perímetro urbano tem a mesma utilização e ocupam espaço de três motos.
Imaginemos como estaria o tumultuado transito de Joinville se todas as motos fossem substituídas por carros.
Podemos ter políticas de incentivo e desmotivação, mas não podemos impedir a venda de motos, até porque o custo, a segurança e a comodidade ditam a tendência de investimento.
Certamente seria necessária uma regulamentação especifica para segregar ou compartilhar com a via de ônibus, mas argumentar que seria perigoso, é não querer ver o risco e a indiferença que os motociclistas enfrentam. A estatística de acidentes comprova o fato, e Joinville pode ser destaque saindo na frente com uma política de transito para este modal, visando mais segurança e fluidez no transito, considerando que o nosso transporte coletivo também sofre com o transito e não tem custo competitivo.
Nosso maior entrave nesta direção é alem da resistência a inovação, por uma questão de cultura (ou a falta dela), as variações dimensionais de nossas vias, e principalmente a baixa capacidade técnica de prover alternativas para viabilizar soluções.
Uma pesquisa recente nos Estados Unidos confirmou, o que muitos motociclistas sabem há anos. ”Lane splitting” ou faixas de tráfego exclusiva para motos, obviamente poupam muito tempo dos pilotos, mas também é consideravelmente mais seguro do que transitar ou parar entre carros. Quando é feito dentro de certas diretrizes, e ao contrário do que muitos motoristas pensam, ele realmente acelera o tráfego para todos os outros na estrada.
Embora ainda ilegal na maioria dos Estados Unidos, ele é aceito em muitas outras partes do mundo, e há evidências de que pista exclusiva é mais segura para os pilotos do que transitar entre carros e, na verdade beneficia os condutores de automóveis, bem como os próprios pilotos.
Um dos principais argumentos contra a motovia é que, para muitos motoristas, parece ser uma prática perigosa. Da perspectiva de um piloto, isso não poderia estar mais longe da verdade.

De acordo com o estudo de Berkley, realizado recentemente com a ajuda da California Highway Patrol, 7.836 acidentes de motocicleta foram examinados de perto, com um mínimo de 1163 desses acidentes ocorridos enquanto o piloto estava em pista exclusiva.
Os pilotos que estavam na ”Lane splitting”, no momento do seu acidente foram significativamente menos propensos a ferimentos em todas as categorias do que aqueles que compartilhavam: 45 por cento menos lesões na cabeça, 21 por cento menos lesões no pescoço, 32 por cento menos lesões do tronco, 12 por cento menos do braço / pernas, e 55 por cento menos mortes.
A pesquisa mostra também que a velocidade mais segura na motovia é até 30mph (50km/h) e menos de 10mph (16km/h) acima do trafego circundante.

Um estudo Belga em 2012 descobriu que, se apenas 10 por cento dos condutores migrassem para motocicletas e filtrar através de tráfego, diminuiria para os motoristas de carros restantes cerca de oito minutos por viagem. Este benefício não existiria, se os motociclistas ignoram as vantagens inerentes de seus veículos menores, mais estreitos e transitam em linha como carros.
O mesmo estudo encontrou consideráveis benefícios ambientais para a pista divisão. Não porque motos consomem menos e emitem menos carbono (muitas motos maiores e de motores “dois tempos”, são tão ruins quanto os carros), mas porque cada moto que circula nesta pista, reduz a quantidade de tempo de todos os outros veículos na estrada, gasto em engarrafamentos.
Então, da próxima vez que um piloto passar por você no trânsito, lembre-se que é um ganha-ganha. O piloto está a poupar tempo e dinheiro, e cuidar de sua própria segurança.
Abril/2015