08 julho, 2015

Grécia atual

Quarta...

Como não vivo lá, tenho me furtado de escrever sobre a crise grega, porém pensei, se quem mora na Europa há anos pode defender com tanto ardor o governo que assola o país e criticar acontecimentos locais apenas baseado em escritos vitimistas, posso escrever, até porque já passamos por isso.

Há uma década a Grécia gastou bem mais do que arrecada, como consequência pediu empréstimos volumosos para financiar suas despesas.
Resultado, o país ficou refém da crescente dívida. Nesse período os gastos públicos dispararam, com os salários do funcionalismo praticamente dobrando, enquanto a arrecadação não acompanhou o ritmo.
Segundo a BBC a dívida grega supera, em muito, o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto assinado pelo país para fazer parte do euro.
A estimativa da dívida da Grécia está na casa de € 271 bilhões.
A origem crise se deu quando foi revelado por autoridades europeias que o país havia maquiado suas contas ao longo de vários anos para conseguir entrar na zona do euro. (Muito parecido com certo governo e suas pedaladas).
Agora o governo, de extrema esquerda, que se elegeu prometendo o fim das austeridades, está negociando, ou melhor, não pagou as parcelas do acordo e está negociando uma nova “solução” que, logicamente, mesmo que não seja exigido, passa por “aperto” nas contas, ou seja, austeridade.
Até realizaram um plebiscito (dinheiro jogado fora) para perguntar à população se ela aceita “se ferrar”, por incrível que pareça, cerca de 30%, consciente da situação do país, disse sim. Os esquerdopatas festejaram o “Όχι”.

Para que possamos entender o que pretende o governo grego, imagine que uma empresa, para manter mordomias e afins, gastasse mais do que arrecada e para não falir maquiasse os balanços para obter mais crédito bancário (os vilões, segundo os esquerdistas).
Uma vez conseguido o crédito, a empresa não pagasse e solicitasse mais crédito, o que ocorreria?
No mínimo, os malvados exigiriam o pagamento de parte da dívida para cogitar uma negociação.


Esta é situação, ou seja, está "russa" (ruça), embora seja na Grécia...

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